Tuesday, April 10, 2007

A mesma música, eu num sei quantas veiz.

.




poema oculto



não consigo extrair esse poema
que pousou feito estrela em mim.

vejo fio dele enquanto escuto uma valsa.
leio pedaços em outros poemas.

escuto-o quando vejo brilhar um par de olhos
bem perto, uma foto.

tento em vão ditar o que de mim sobrevive ao tempo,
ou o quê do mundo é são e belo,

ao querer atingir o ruído dos passos
desse poema que ocultou-se em mim - ou oculto já existia.

mas só ouso enchergá-lo.

pois jura meu coração em contestação
ao toque percebê-lo de um lado do peito,

no mesmo instante em que brota livre essa saudade e esperança,
do lado esquerdo do mesmo peito,

de enchergar tanta estrela que eu não via.




.

No comments: