Thursday, June 19, 2008

A Casa sempre vence.

o rock n´roll sempre foi um motivo, uma busca, uma curiosidade
que gerou fantasia em mim. um misto de euforia e tristeza, inovação e breguice, sensibilidade e porrada na orelha. fonte de uma noção de liberdade
.

lembro a primeira vez que ouvi Led Zeppelin.

foi numa fita cassete que o Augusto me emprestou.
ouvi as primeiras músicas, fui adiantando as faixas, e achava aquilo esquisito pra caramba - a música parecia gerar um estranhamento proposital em mim -, não gostei.

fiquei em parte decepcionado porque imaginava que ao curtir Led Zeppelin se revelariam a mim idéias, eu caminharia alguns degraus de sapiência a mais, e iria em direção a sala da compreensão acerca do mundo do rock, e, finalmente, A verdade divina do que significava ser adolescente , estar vivo, contemplar o milagre da vida, adivinhar meu futuro! É Rock, meu Patrão! Aleluia, irmão!

sei que em momentos raros reveleram-se alguns desses malditos significados. na realidade eu não sei. a maior parte, parece que nunca compreendi - algo como um Et camarada que eu sempre esperei que existisse, e no dia em que o danado aparece e acena com a cabeça na minha direção, lembro e esqueço num pequeno instante tanto do que queria viver, que torno a imaginar tudo o que não estivessi ali, e o Et some do jeito que aparece, do nada.

viajei.

mas voltando...
meses mais tarde ouvi o IV! um puta CD
que iria ouvir os próximos 10 anos, com direito aquela apreensão imediata de quando se ouve um bom rock´n roll e escuta pela primeira vez.

logo mais comprei o Houses Of The Holy por 10reais no Extra do Iguatemi, pouco tempo depois dele ser aberto - acredito que, ao contrário da maioria, não comprei pela Single balada 'The Rain', mas pela 'Dancing Days', minha preferida porque excitava mais a noção de uma vaidade indolete, um intento incerto, uma precipitação natural da vida, uma inclinação ao sentimento de liberdade.

'The Rain' achava linda, e ainda acho, mas é muito melosa.