Sunday, February 12, 2006

Acaso de vida ou morte.

Vida

procurei uma foto, uma palavra
uma frase, um ponto final
uma música, um acorde
um instrumento silencioso...

da vida não há fuga
se dela cansei
se nela inventei
desafiei o tempo o tédio a irônia
criei e rompi casos com heróis fantasmas
vivi o acaso com um par de pernas que em canto nenhum soube ficar

incessante
sempre a dar o ar de sua graça
a terminar e começar na largura dos pulmões
a romper e cumpri promessas no apogeu dos astros
destemerosa e pontual
presente
só a vida se encontra

1 comment:

Suyá Lóssio said...

esse é o eu-lírico mais vivido e mais perdido que já ouví falar.

então, quanto mais a gente vive, mais a gente se perde.

olha que loucura.